Lançamento: 1955
Sinopse: O Sobrinho do Mago nos conta a criação do mundo de Nárnia e de como o professor Digory Kirke, o dono da casa que contém o guarda-roupa, entrou na história. Nela também se conhece o caráter multiverso de Nárnia com o Bosque entre Mundos, que possibilita o acesso a diferentes mundos através de lagos com dois anéis mágicos.
Neste livro, Lewis aproveita-se também para criticar a bomba atômica, quando Aslam compara-a com "a Palavra Execrável" que foi usada pela feiticeira Jadis (ou Feiticeira Branca) no seu mundo original, Charn, e que poderia trazer destruição semelhante para o nosso mundo.
Neste livro, Polly e Digory, ao tentarem aventurar-se numa casa vizinha, acabam encontrando uma passagem para uma sala secreta da casa do próprio Digory, onde seu tio fazia experiências com anéis que podiam nos levar para outros mundos.
Polly acaba como cobaia do tio André, e é mandada para o Bosque entre Mundos com os anéis mágicos. Lá encontram um lago que dá passagem para um mundo chamado Charn, onde Digory acha uma placa que motiva pegar um martelo e bater num sino. Digory faz o que a placa diz, e acaba libertando a Feiticeira Branca que logo após vem para o nosso mundo. Depois de muitas trapalhadas com o tio André, Polly e Digory conseguem mandar o tio, a Feiticeira e um cocheiro (juntamente com o seu cavalo) de volta ao Bosque entre Mundos, e em seguida para um mundo vazio, onde Aslam naquele exato momento começara a criar o mundo da Nárnia e os seus animais falantes e não-falantes.
Antes de sair da Terra, a feiticeira - com a sua incrível força - tinha arrancado um poste de Londres para amedrontar os outros. Então, quando chega a Nárnia, o poste acaba transformando-se no lampião do Ermo do Lampião. Aslam coroou de seguida o cocheiro Franco como o primeiro rei de Nárnia, e a mulher dele, Helena (que tinha sido transportada magicamente para Nárnia por Aslam), também foi coroada como a primeira rainha de Nárnia.
Digory leva então uma maçã mágica e prateada (que veio de uma árvore que tinha como função proteger Nárnia) para o nosso mundo, a fim de curar a sua mãe que estava doente, que acabou por ser curada depois de comer a maçã. Digory planta de seguida as sementes da maçã no quintal, fazendo nascer uma grande macieira que mais tarde forneceu a madeira para o guarda-roupa que aparece em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa.
O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa
Lançamento: 1950
Sinopse: Neste livro são narradas as aventuras dos quatro irmãos Pevensie: Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, que fugindo dos bombardeios a Londres durante a II Guerra Mundial, vão até a casa de um professor que morava no campo. Lá encontram, dentro de um guarda-roupa (cuja origem é revelada em O Sobrinho do Mago), uma passagem que liga nosso mundo ao mundo de Nárnia.
Eles chegam a este país que está sendo castigado por um inverno decretado pela Feiticeira Branca, também conhecida como Jadis. Lá eles ficam sabendo duma profecia narniana que dizia que quando dois filhos de Adão e duas filhas de Eva aparecerem e se tornarem reis de Nárnia em Cair Paravel (com a ajuda do leão Aslam), o governo da Feiticeira irá terminar.
Infelizmente Edmundo, tentado pelas promessas da Feiticeira Branca, acaba traindo os próprios irmãos, avisando-a de que seus irmãos estão em Nárnia e que estão procurando Aslam. Mas de qualquer maneira os outros três acabam por encontrar Aslam, além de conseguirem salvar Edmundo da Feiticeira. Como prova de amor, Aslam se oferece em troca de Edmundo para ser sacrificado na Mesa de Pedra, local onde os traidores são entregues à Feiticeira para sacrifício.
Mas a morte não é capaz de vencer Aslam, que revive por ser inocente, conforme ordena a Magia Profunda de Antes da Aurora do Tempo. Então a Feiticeira agrupa seus súditos fiéis para atacar o exército de Aslam, liderado agora por Pedro. Aslam primeiramente vai libertar os narnianos que foram transformados em estátuas de pedra pela Feiticeira em seu castelo, e logo então vai ajudar Pedro na batalha, derrotando definitivamente a Feiticeira e seu exército.
Com a vitória, os quatro irmãos são coroados reis e rainhas de Nárnia em Cair Paravel. Eles governam por muitos anos, iniciando a Época de Ouro. Pedro é coroado como o Grande Rei de Nárnia (ou Supremo Rei de Nárnia), sendo rei maior entre todos os outros reis e rainhas de Nárnia.
O reinado deles acaba quando, em uma caçada, acabam por encontrar uma passagem no Ermo do Lampião (a mesma que eles usaram para entrar em Nárnia), que acaba os levando de volta ao nosso mundo. Como o tempo em Nárnia e no nosso mundo são independentes, eles voltam com a mesma idade que tinham quando entraram no guarda-roupa. Ninguém ficou sabendo das aventuras deles em Nárnia, a não ser o professor que os hospedou.
O Cavalo e seu Menino
Data de Lançamento: 1954
Sinopse: A história deste livro se passa na época de ouro de Nárnia, durante o reinado dos quatro irmãos Pevensie: Pedro, Susana, Lúcia e Edmundo.
O livro nos narra a história de Shasta, que vivia na Calormânia com um pescador que o havia encontrado em um barco quando era apenas bebê. Certo dia um tarcaã (cavaleiro nobre da Calormânia) vem visitá-los e deseja comprar Shasta como escravo. Nesta altura, Shasta descobre que o cavalo do Tarcaã na verdade é um cavalo falante de Nárnia que está decidido a fugir de volta ao seu país de origem.
O cavalo (que se chama Bri) e Shasta decidem fugir durante a noite, e acabam encontrando a tarcaína Aravis montando também numa égua falante chamada Huin, também tentando fugir da Calormânia para Nárnia. Mas no rumo para Nárnia precisam passar pela capital calormana, Tashbaan, onde vivem muitas aventuras para atravessarem a grande cidade. Aravis acaba descobrindo um terrível plano do príncipe dos calormanos de conquistar Arquelândia e depois invadir Nárnia, para consolidar os seus planos de se casar com a Rainha Susana da Nárnia.
Mas Shasta e Aravis, com a ajuda dos cavalos de Nárnia, acabam por frustrar os planos de invasão. Shasta acaba conhecendo Aslam no meio de sua jornada para levar a notícia de perigo aos narnianos, e também vê como Aslam estava tão presente na sua vida mesmo sem percebê-lo.
Depois Shasta descobre que é filho do rei da Arquelândia, que tem um irmão gêmeo chamado Corin, e que na verdade ele era o príncipe Cor, herdeiro do trono da Arquelândia.
Príncipe Caspian
Data de Lançamento: 1951
Sinopse: Neste livro são narradas as aventuras dos antigos reis e rainhas de Nárnia que voltam a esta terra magnífica a cerca de 1300 anos no tempo de Nárnia (um ano em nosso mundo) depois de terem deixado-o no final do livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa. No período em que os quatro irmãos Pevensie (os Antigos Reis) estão fora de Nárnia, esta é invadida pelos telmarinos.
Os verdadeiros habitantes de Nárnia (animais falantes e criaturas mitológicas) tiveram que se esconder fora do território conquistado pelos telmarinos, mas o príncipe Caspian, detentor do direito de sucessão ao trono de Telmar (e, por conseguinte, de Nárnia), gostaria de reviver a antiga forma de viver em Nárnia. Para isso irá contar com a ajuda dos antigos reis invocados do nosso mundo através da trompa mágica que Susana havia recebido, e também com a ajuda do leão Aslam.
Os telmarinos não pertencem ao mundo de Nárnia. Eles são, na verdade, piratas do nosso mundo que se perderam em uma ilha, e nesta ilha encontraram uma caverna mágica que levava ao mundo de Nárnia. Telmar fica ao Oeste de Nárnia, e os telmarinos só invadem esta última quando Telmar passa por uma grande escassez de alimentos.
Apesar de também ser telmarino, o príncipe Caspian gostava muito de ouvir histórias sobre a antiga Nárnia da época de ouro. Naqueles dias seu tio Miraz era rei por ter deposto o pai de Caspian, o rei Caspian IX, através de manobras políticas e golpes planejados. Como Miraz não tinha filhos, ele se cuidava para que o príncipe Caspian não o sucedesse no trono.
Certo dia Miraz conseguiu ter um filho legítimo, o que obrigou o príncipe Caspian a fugir, levando ele de encontro aos antigos habitantes de Nárnia, que vêem nele a figura do verdadeiro rei. Organizam então uma batalha contra os telmarinos, mas só vencem quando chega a ajuda dos antigos reis e rainhas de Nárnia, e do próprio Aslam. A guerra entre telmarinos e narnianos dura vários dias, até que os antigos reis chegam para ajudar.
Mesmo assim, os telmarinos, que têm medo de árvores, só concordam em deixar Nárnia depois de ver um batalhão de espíritos de árvores despertas marchando na direção deles. Então o príncipe Caspian assume o trono como rei. Aslam diz então que Susana e Pedro já estão grandes demais para voltar à Nárnia, mas Edmundo e Lúcia ainda voltariam mais uma vez conforme é relatado em A Viagem do Peregrino da Alvorada.
A Viagem do Peregrino da Alvorada
Data de Lançamento: 1952
Sinopse: Este livro narra as aventuras de Lúcia e Edmundo, juntamente com o primo Eustáquio e o agora rei Caspian, a bordo do navio Peregrino da Alvorada. Juntos têm a missão de saber o que aconteceu com os sete fidalgos que foram enviados para desbravar o oceano oriental por Miraz, tio de Caspian, conforme é narrado em Príncipe Caspian.
Desta vez Lúcia e Edmundo entram no mundo de Nárnia enquanto estavam passando as férias na casa do inconveniente primo Eustáquio, através dum quadro que os pais de Eustáquio ganharam de presente de casamento, o qual estava pendurado no quarto onde Lúcia estava hospedada. Nesta viagem eles encontram inúmeras aventuras em diversas ilhas que encontram ao longo dos mares desconhecidos, habitadas por dragões, povos não muito amigáveis, e criaturas estranhas como os Tontópodes.
Eustáquio, que inicia a viagem contra a sua vontade, acaba tendo sua vida transformada após ser vítima de um feitiço que o transformou em um dragão em uma das ilhas. Isso acaba transformando o caráter dele, tornando a pessoa chata que era em alguém pronto para ajudar. No final, Aslam o livra do feitiço e ele volta a ser humano, mas não mais como era antes, tornando-se numa pessoa melhor.
No final, Caspian, depois de cumprir a sua missão e de ter começado a navegar os mares do fim do mundo, teve que regressar a Nárnia e abandonar a viagem, devido às ordens de Aslam, Lúcia, Edmundo, Eustáquio, e o rato falante Ripchip. Estes quatro atingem finalmente o fim ou a borda do mundo (visto que o mundo de Nárnia é plano), onde encontraram uma onda (ou muralha de água) gigante que une o céu e o mar. Além desta onda, avistaram o começo do país de Aslam. Enquanto Ripchip entrou para o país de Aslam, os outros três viram Aslam e regressaram à Inglaterra.
Lúcia e Edmundo não iriam mais voltar para Nárnia pois estavam crescendo e precisariam de encontrar Aslam em nosso próprio mundo, mas Eustáquio ainda voltaria mais uma vez conforme é narrado em A Cadeira de Prata.
A Cadeira de Prata
Data de Lançamento: 1953
Sinopse: É o primeiro livro por ordem de publicação que não conta com a presença de qualquer dos irmãos Pevensie. Neste livro está narrada somente a volta de Eustáquio até Nárnia na companhia de sua amiga Jill Pole. Desta vez eles conseguem ir até Nárnia através de um velho portão nos fundos da escola onde estudavam.
Eles chegam em Nárnia muitos anos depois da aventura vivida em A Viagem do Peregrino da Alvorada, quando o rei Caspian já era muito idoso e estava em busca de seu filho, o príncipe Rilian, perdido nas terras ao norte de Nárnia. Jill estava encarregada por Aslam de se lembrar dos sinais que indicariam o que fazer para conseguir resgatar o príncipe, mas já chegam perdendo o primeiro sinal.
Como Caspian havia proibido as buscas ao seu filho, os meninos tiveram que iniciar uma aventura por conta própria, ajudados pelo pessimista paulama Brejeiro. Seguiram pelas terras do norte, habitadas por gigantes, quase virando refeição deles.
Por final, conseguem libertar o príncipe ao se lembrarem do último sinal, que indicaria que o verdadeiro príncipe juraria "em nome de Aslam". Ele estava preso nas terras do mundo interior (habitado pelos terrícolas) onde a Feiticeira Verde conspirava em usá-lo para conquistar Nárnia. O príncipe Rilian conseguiu voltar a Nárnia a tempo de ver o seu pai, que já está idoso e à beira da morte.
Eustáquio e Jill ainda voltariam mais uma última vez para Nárnia, como é narrado em A Última Batalha.
A Última Batalha
Data de Lançamento: 1956
Sinopse: Neste livro se narram os últimos dias de Nárnia quando Tirian era rei em Cair Paravel. Tudo começa quando um velho macaco chamado Manhoso (que vivia no lado ocidental de Nárnia), juntamente com um burro chamado Confuso, encontram uma pele de leão. Fazendo grandes planos, o macaco veste o seu amigo burro com a pele de leão, e passa a propagar as falsas notícias de que Aslam teria voltado e que ele seria o seu porta-voz.
O macaco então faz uma aliança com os calormanos que agora tinham a chance de conquistar as terras de Nárnia. O rei Tirian flagra o desmatamento perto do Ermo do Lampião, sendo perpetrado pelos calormanos. Acaba se entregando após matar dois deles, e ao passar a noite amarrado a uma árvore, conseguiu pedir socorro aos amigos de Nárnia(todos aqueles que já haviam entrado em Nárnia, exceto Susana) que se encontram no nosso mundo.
Então os amigos de Nárnia vão até a antiga casa do professor Kirke para recuperar os anéis que haviam utilizado em O Sobrinho do Mago, e tentar ir a socorro de Nárnia e de Tirian. Mas não foi necessário utilizá-los, pois um acidente de trem na estação onde todos estavam esperando, acaba por levar Jill e Eustáquio até Nárnia.
Ambos ajudam o rei a combaterem os planos dos calormanos e do macaco, mas a confusão é instaurada após o macaco pregar a ideia de que Aslam e Tash são a mesma coisa. Sem perceberem o que faziam, os calormanos e o macaco acabaram por invocar o verdadeiro Tash.
Durante a luta, Jill, Eustáquio e Tirian são forçados a ir para dentro de um estábulo que na verdade era uma porta para a Verdadeira Nárnia, onde Pedro, Edmundo, Lúcia, Polly e o Professor Kirke estavam. Então Aslam aparece e decreta o fim de Nárnia, tirando as estrelas do céu, mandando dragões comerem as árvores, e por fim trazendo todos os habitantes justos e virtuosos de Nárnia para a Verdadeira Nárnia.
Na Verdadeira Nárnia encontram um calormano chamado Emeth, que apesar de ter seguido por toda a sua vida a Tash, é reconhecido por Aslam como merecedor de um lugar ali, pois, apesar de ter praticado muitas boas obras em nome de Tash (e de ter servido-o com amor e fidelidade), só Aslam poderia aceitar o que ele tinha feito, porque Tash, que é mau, não podia aceitar coisas boas e resultantes do amor.
Todos então seguem até chegarem em um lugar muito alto, onde puderam encontrar pessoas que já tinham morrido. Deste lugar podia-se ver outros lugares do mundo de Nárnia e do nosso próprio mundo também. As crianças ficam apreensivas pois no final sempre são mandadas de volta; porém, Aslam os anima pois na verdade tinham morrido ao entrar em Nárnia. Agora Aslam deixava de parecer com um leão e então, como diz o autor, começam as verdadeiras aventuras daqueles que chegaram ali.
Apenas Susana foi a única dos irmãos Pevensie a não retornar a Nárnia. Segundo Polly, Susana havia crescido, e a essa altura se preocupava mais com trabalho, estudos, vida social e pessoal, e esqueceu-se da existência de Nárnia e suas aventuras. Portanto, do ponto de vista de Susana, a ida de seus irmãos á Verdadeira Nárnia seria a morte de todos eles no acidente de trem.